O México não aceita rever o acordo automotivo com o Mercosul, informa comunicado oficial divulgado ontem. Uma delegação de negociadores está no País desde a última terça-feira para uma rodada de conversas a ser encerrada amanhã, mas a disposição de mudar as regras é zero.
O comunicado afirma que o Acordo de Complementação Econômica (ACE) 55, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. "Devido à importância bilateral do ACE 55, o governo mexicano buscará não negociá-lo", ressalta o documento.
Apesar do claro posicionamento contrário dos mexicanos, o lado brasileiro insiste no diálogo. "O governo mantém a disposição de renegociar o acordo [automotivo]", informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Técnicos de Brasil e México mantiveram reuniões na noite de terça e ao longo do dia de ontem. A previsão é que essa etapa seja encerrada amanhã à noite. A delegação mexicana é chefiada pelo subsecretário de Comércio Exterior, Francisco de Rosenzweig, da Secretaria de Economia, e pelo embaixador Rogelio Granguillhome Morfin, da Secretaria de Relações Exteriores.
A reunião foi acertada na semana passada em conversa da presidente Dilma Rousseff com o presidente do México, Felipe Calderón, depois que o Brasil ameaçou romper de forma unilateral o acordo automotivo. A avaliação do lado brasileiro é de que ele tem sido desvantajoso.
DCI
09.02.2.012
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