No Brasil, declarações consomem 2.600 horas de trabalho por ano, mais do que o dobro do gasto na Bolívia, aponta estudo Juliana Garçon A complexidade do sistema tributário brasileiro pode ser contada em horas. Levantamento do Banco Mundial em conjunto com a PricewaterhouseCoopers indica que as rotinas de informação tributária no país demandam 2.600 horas de dedicação por ano, muito mais do que o usual em outros países latino-americanos, como Bolívia (1.080 horas), Venezuela (864 horas), Equador (654 horas) e Argentina (415 horas). Na média, os países da América Latina e Caribe despendem 382 horas por ano em procedimentos relacionados ao Fisco. Acontece que os procedimentos são complicados no Brasil. Por mês, cada empresa tem seis obrigações, entre informes federais e estaduais. Angulamente, são dois: Declaração de Informações Econômico-Financeiras e Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf). Excesso de informes que precisam ser enviados aos governos reduzem eficiência de empresas no país "As empresas têm de buscar consultorias para fazer esse trabalho e não ficar devendo informações ao governo. Assim, pagam para pagar imposto", diz Julio Augusto Oliveira, sócio do do escritório Siqueira Castro. O pior é que, com tanta papelada, erros são recorrentes. "Tudo pode causar contingências, que viram autos de infração", afirma Ana Cláudia Utumi, sócia do escritório Tozzini Freire. Se comparado com países mais desenvolvidos, como França, EUA e Alemanha, o quadro brasileiro fica ainda mais dramático. Nesses países, as rotinas fiscais consomem, respectivamente, 132, 187 e 221 horas por ano. ¦
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Brasil Econômico 23.08.2012 |
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
País desperdiça tempo com o Fisco
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