terça-feira, 31 de julho de 2012

IPI automóveis: Com os dias contados


Editorial

Programada para terminar em um mês, a desoneração do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo volta a colocar o governo em xeque, afinal tudo indica que mantê-la será a solução mais viável para a presidente Dilma Rousseff.

Vendo as montadoras nacionais ameaçarem demissões em massa, o incentivo fiscal aparece como uma arma na mão do governo para cobrar da indústria a manutenção do nível de emprego no País. No varejo, as vendas do ano no setor acumulam queda de 0,33%, um dos inúmeros fatores que contribuíram para que a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fosse reduzida de 4,5% para 3% em 2012. No primeiro trimestre do ano, o PIB alcançado foi de apenas 0,2%.

Mexer no IPI reduzido pode gerar uma cadeia negativa de grande impacto em um setor que agrega não só montadoras, mas também fabricantes de autopeças e diversos produtos relacionados, que afeta quase 8% do PIB nacional. A volta do imposto pode vir acompanhada de demissões, redução de importações e encarecimento dos carros.

Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deverá se reunir justamente com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em busca de uma solução viável para o impasse.
 

 
DCI – SP
31.07.2012

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