Alguns setores da indústria brasileira, como os de autopeças e de máquinas e equipamentos, enfrentam um processo de desindustrialização. O alerta foi feito ontem pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Apesar da expressiva perda de espaço de alguns setores na economia, Andrade destacou que a desindustrialização pode se disseminar, se o País não adotar medidas para aumentar a competitividade do produto nacional. "A desindustrialização é uma coisa que atinge aos poucos setor por setor. Se continuar dessa forma, outros setores serão atingidos", disse. "O momento é de urgência. Não podemos mais esperar", afirmou.
Segundo Andrade, a perda de competitividade da indústria é resultado das deficiências na infraestrutura, da elevada carga tributária, do excesso de burocracia, da desvalorização do dólar diante do real, entre outros fatores.
Ele lembrou que o dólar está se desvalorizando em todo mundo, e sugeriu que o Brasil adote medidas de defesa comercial que ajudem a compensar a diferença no câmbio. "Temos que procurar contrapartidas, por exemplo, defesa comercial mais eficiente, com mecanismos de comparação de preços no Brasil e preços lá fora, que evite problemas de subfaturamento, de contrabando", recomendou.
Na avaliação dele, a nova etapa da política industrial, a ser anunciada pelo governo no início de agosto, deve conter um conjunto de medidas que melhorem a competitividade brasileira, como a desoneração dos investimentos e das exportações.
Diário do Comércio e Indústria
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