domingo, 7 de agosto de 2011

Abimei considera positiva redução do IPI para montadoras

06/08/2011 

A Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas-Ferramenta e Equipamentos Industriais (Abimei) considera positiva a decisão do Governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras que aumentarem o conteúdo nacional, elevarem investimentos e produzirem veículos inovadores, anunciada no Plano Brasil Maior. Pela nova política industrial, os projetos da indústria automobilística que contemplarem estas exigências poderão ter a alíquota reduzida até julho de 2016. "A decisão atende o setor de autopeças, que é parte importantíssima da cadeia de produção. Será um estímulo efetivo para os empresários voltarem a investir em bens de capital e em meios de produção", afirma Ennio Crispino, presidente da Abimei.
 
Os importadores de máquinas-ferramenta dependem majoritariamente do setor de autopeças e também vinham sofrendo os efeitos da importação de peças acabadas pelas montadoras. "O ritmo de produção do setor de autopeças reflete-se imediatamente no desempenho do nosso próprio segmento, que depende em pelo menos 60% dos fornecedores de peças para a indústria automobilística", diz Crispino.
 
Outra medida da nova política industrial destacada pelo presidente da Abimei diz respeito à fiscalização das importações na alfândega, que será intensificada com a atuação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que terá livre acesso aos portos e aeroportos para testar a qualidade dos produtos importados. "Achamos a medida positiva, mas tememos pelo aumento da morosidade na liberação das importações", pondera Crispino.
 
Atualmente, as máquinas já demoram em torno de sete dias até serem liberadas, de acordo com o presidente da Abimei. Com uma etapa a mais na fiscalização, este prazo pode ficar maior. "A ABimei sempre defendeu as boas práticas na importação de quaisquer bens ou produtos, por isso nos consideramos aptos a contribuir com o Inmetro na formulação das regras que serão adotadas". Crispino lembra que a entidade já mantém representantes nas comissões de tubos e conexões e de prensas do Inmetro e pode colaborar com o órgão normalizador nesta nova função. "Continuamos à disposição do Governo para colaborar no que for necessário. Nosso interesse é o mesmo do empresário brasileiro: aumento da produtividade e da eficiência da indústria nacional. Queremos estreitar ainda mais este relacionamento", afirma.
 

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